"Fifty shades of Grey", Sam Taylor-Johnson, 2015, 125 min. Há muito que não via uma sala de cinema assim: praticamente lotada às seis e meia da tarde. Há fenómenos que fazem agitar a economia e só por isso já têm o seu valor. Quanto ao filme, não tendo lido nenhum dos três romances de E.L. James, não me pareceu mau. A falta de argumento é claramente compensada pelos cenários luxuriantes e pelas excentricidades proporcionadas pelo multimilionário Christian Grey à simplória estudante de literatura Anastasia Steele. De resto, é fácil entender o poder de atracção que esta narrativa exerce sobre milhões em todo o mundo. A maioria dos homens gostaria de ser um Grey: um jovem, bonito e poderoso multimilionário. A maioria das mulheres desejariam ser Anastasia e conseguir cativar o interesse de um homem assim. Já imaginou ter um helicóptero à sua espera, rumo a uma noite especial, após um entediante dia de trabalho? Mas, como não há belo sem senão, Grey esconde um segredo. Ele