A mãe e eu | 29 de setembro de 1979 És leite morno a transbordar do seio Cordão umbilical resistente ao corte És a pele que cobre o frio e o medo Fizeste-me milagre nascido da morte És o olhar vigilante que antevê a queda A mão segura, o amparo constante És colo, beijo, doce carícia pura Mesmo longe, nunca estarás distante És norte, palavra amiga, orientação O sofrimento mais alegre do mundo Coragem ímpar, força extrema És mistério sobrenatural sem explicação És filha, mãe, avó Imagem omnipresente És quem não me deixa só És quem me sente e pressente Quando a garganta dá um nó És calma e colo e silêncio O bem contra todo o mal És mãe da tua filha E mãe da tua mãe Fonte do amor incondicional És abnegação, benevolência O fim de qualquer turbulência És paciência sem fim O mar e o céu juntos Canção de embalar A ecoar, eternamente, dentro de mim. (Dedic
por Cláudia Sofia Sousa