É tempo de sair do casulo e arriscar ser borboleta, mesmo sabendo que as asas já nos foram cortadas há muito. Arrastemo-nos adiante, com o peso de uma responsabilidade solitária que ninguém quer dividir nem partilhar, na direção de um horizonte incógnito. Seremos responsáveis quanto baste para não voltar a regredir, quando é esse o sinal que a Europa nos dá, reconfinando outra e outra vez? Aprendamos de vez o equilíbrio entre o tudo ou nada, para sermos exemplo a seguir. Não será por acaso que liberdade rima com responsabilidade. Saibamos ser livres sem deitar tudo a perder. Que todos estes dias de reclusão nos tenham ensinado ao menos o respeito pela vida uns dos outros. Que todo o caminho possa, ainda que lento e penoso, ser definitivamente em frente.
por Cláudia Sofia Sousa