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A mostrar mensagens de agosto, 2010

Noventa euros em frutos tropicais

Saborear um fruto exótico pode ser uma experiência inesquecível mas longe do alcance de todas as carteiras Há quem diga que a melhor forma de conhecer um local e as suas gentes é deambular a pé pelas ruelas que se entrecruzam à nossa volta e visitar o mercado municipal. E foi isso mesmo que fiz no primeiro dia de visita ao Funchal. Saio do hotel, localizado no coração do centro histórico, e começo a atravessar ruas aleatoriamente. Começo por seguir pela principal e depois arrisco atalhos pelas perpendiculares, à procura de pessoas e de casas com portas e janelas entreabertas por onde possa espreitar. Liberto toda a curiosidade que se esconde em mim e dou-lhe trela. Quero que seja ela a puxar por mim e por isso deixo-me guiar pelo seu instinto. Sem que tenha andado mais de 500 metros, dou comigo à entrada do mercado municipal. Na fachada leio a inscrição “Mercado dos Lavradores”, mas depressa descubro que este mercado é sobejamente conhecido pelo mercado das flores. Basta atravessar o p

Turismo na Madeira: 5 estrelas

A primeira impressão que tive da ilha da Madeira poderia muito bem ser resumida em três palavras: organização, perfeccionismo e excelência. Os elogios não devem ser poupados quando são merecidos. E o povo madeirense merece-os todos, pelas mais variadas razões. A começar pela forma arrumada como as habitações se foram erguendo socalco sobre socalco, monte acima, compondo a enorme plateia do anfiteatro que se ergue sobre a baía do Funchal. Talhando pedra basáltica, ergueram casas, estradas, túneis e pontes. Não é de admirar por isso que a cidade esteja completamente recomposta das cheias que há seis meses varreram pessoas, casas, estradas, muros e tudo mais o que a força da água encontrou pela frente. A água mole tanto bateu na pedra dura que conseguiu provar que afinal quando pode até que fura... De cabeça erguida e mãos à obra, os madeirenses parecem não perder muito tempo a chorar. De olhos no futuro, focados no que é essencial, rapidamente deixaram afogar as mágoas na força da mar

Pousar sobre a “Pérola do Atlântico”

Aterrar no Aeroporto da Madeira é simplesmente medonho. Assim que o avião perde a altitude suficiente para conseguir avistar aquilo que, lá do alto, me parece uma micro-pista de brincar, a euforia da chegada dá repentinamente lugar ao medo. Uma secura súbita apodera-se-me da garganta e a ansiedade crescente em saber se os meus pés voltarão a tocar terra firme faz com que o coração acelere a uma velocidade superior à máxima atingida pelo avião no pico da viagem. Apesar da deslumbrante vista sobre o Oceano Atlântico, opto por fechar os olhos assim que me apercebo da libertação bem sucedida do trem de aterragem. O piloto é experiente e o avião pára muito antes do final dos quase 3 Km que desembocam no mar. Nem quero imaginar como seria quando a pista tinha metade da extensão actual. Não terá sido por acaso que ocorreu aqui, no Aeroporto da Madeira, em 1977, o mais grave acidente da história da aviação em Portugal, no qual 131 pessoas perderam a vida. Assolados por um sentimento comum, os