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A mostrar mensagens de outubro, 2014

Reportagem # 24

Jornal "Dica da Semana", edição regional Algarve, 23 de Outubro de 2014 Outros artigos

Reportagem # 23

Jornal "Dica da Semana", edição regional Algarve, 16 de Outubro de 2014

Os gatos não têm vertigens

"Os gatos não têm vertigens", António Pedro Vasconcelos, 2014, 124 minutos Um grande filme. Um dos melhores do cinema português a que assisti nos últimos anos. Repleto de emoções fortes do princípio ao fim, sem nunca se aproximar do lamechas. A lágrima só nos vence pela beleza das mensagens. Uma improvável história de amizade nascida entre uma viúva solitária e um jovem delinquente que nunca conheceu o amor de pai nem mãe. Um encontro feliz gerado pelos acasos menos bons da vida. Antes de se tornar o melhor amigo de Rosa (Maria do Céu Guerra), Jó (João Jesus) descobre no terraço do seu prédio a vista mais bonita de Lisboa. Uma paisagem que o inspira a desabafar com o papel os infortúnios dos seus dezoito anos, marcados pelo abandono da mãe e pelos maus tratos do pai alcoólico. Por nunca ter conhecido o bem-querer, é com desconfiança que Jó recebe sempre o amor fraterno de Rosa. “Porque é que me tratas bem?”, questiona-a,  depois de já a ter roubado. Todos precisamos de

Os Maias

"Os Maias", João Botelho, 2014, 135 minutos Que não vá ver “Os Maias” de João Botelho quem não tenha lido o romance de Eça de Queirós ou procure mero entretenimento. O filme mais visto nas salas de cinema portuguesas em 2014 está longe de ser um produto massificado de consumo fácil e rápido. É preciso ser-se capaz de compreender a essência do cinema para gostar-se desta adaptação cinematográfica. Um começo a preto e branco faz-nos recuar no tempo aos primórdios da sétima arte. Depois, a complexidade e a entoação teatral do texto só poderá ser apreciada pelo espectador mais sensível ao lirismo que caracteriza a obra de Eça de Queirós. Outra surpresa são os cenários. Feitos de enormes telões artisticamente pintados ilustram na perfeição cada local de passagem, numa alusão lírica, como se cada cena fosse um acto de ópera. A destacar, a beleza dos protagonistas. Graciano Dias é um Carlos da Maia capaz de encantar qualquer Maria Eduarda deste mundo e Maria Flor parece, toda e

Reportagem # 22

Jornal "Dica da Semana", edição regional Algarve, 2 de Outubro de 2014