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A mostrar mensagens de outubro, 2018

Poesia a Sul

Tudo o que buscas é a eternidade. É por isso que insistes neste teimoso duelo com as palavras. Queres dominá-las, umas vezes com técnica, outras com astúcia, sempre com sensibilidade. E elas, as palavras, serpenteiam-te. Mas tu, poeta, és um encantador. Timbrando lutas e desilusões, acaricias a realidade, sempre convertendo tudo. Em beleza o horror, em música a dor,  em perfeição o amor… Ó poeta! De onde vens? Que angústias percorreste até aqui? Quantos sonhos ainda trazes na mala? Que memórias esperas daqui levar? Nesse bolso sempre vazio, sempre roto, onde descansa e se aquece a mão que escreve. Que importa a pobreza, não é poeta? Se todos te honram e batem palmas… Foi a bordo das palavras que aqui chegaste e será planando sobre elas que ficarás um dia, sobrevivendo ao esquecimento. Serás figura histórica, data centenária, serás estátua ou nome de rua por onde a vida continuará a passar. E todos os anos, numa viagem eternamente poética, todos retorn