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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2018

Avó-milagre

Otília, 2008 Todos temos, pelo menos, um anjo da guarda. Neste mundo, o meu encarnou numa querida senhora, que tenho a feliz sorte de ser minha avó. Quando penso nela, fogem-me as palavras, por ser tanto para mim. Mais do que uma jóia rara ou um tesouro, a minha avó é uma bênção e eu sou afortunada só porque ela cuida de mim. Em todos os momentos decisivos, de alegria ou dor, sem pedir ou chamar, lá está ela, sempre ao meu lado, ombro amigo, palavra de consolo, mão na mão, a oferecer a misericórdia do seu sorriso. Como é bonita a bondade da minha avó! Nunca conheci outra igual. É genuína e gratuita, quase sobrenatural. Jamais pressupõe condição ou moeda de troca. Toda ela se oferece aos outros, numa humanidade santificada de quem só conhece o bem. Como é bom ter uma avó! Como é bom ser trintona e ter uma avó! Avó, como é bom atender o teu beijinho de boa noite, diariamente, depois do jantar. Como é bom saber que rezas sempre por mim, que sonhas os meus sonhos, que te realizas qua

Desabafos salteados

A vida é como um sonho que acaba e se esquece, se não a passarmos para o papel. Escrever é como revelar as fotografias da alma, capturadas pelos piscares de olhos diante do que vemos. É fácil esquecer o que sentimos naquele preciso momento. É preciso registar para partilhar. Para que outros vivam o que não puderam viver. Para que outros recordem o que não querem esquecer. Para que todos sejam perpetuados na memória das palavras.

Desabafos salteados

Finalmente, o verão saiu à noite. Na minha varanda virada para lua, a paz está comigo. Oiço grilos cantantes e sinto a brisa como a carícia da tua mão. No céu, as estrelas são ideias luminosas que despontam em mim. No horizonte, o aceno de um farol parece ser a luz ao fundo do túnel. Dentro de mim, apenas sonhos. Muitos sonhos. Vamos dormir?