Não te vou dizer adeus. Reservo essa palavra para as
despedidas eternas. Vivemos uma Primavera onde apanhámos flores e avistámos o
arco-íris. Sempre que o Inverno se pôs à espreita, soprámos nuvens e dançámos à
chuva. Tentámos a sorte mas tivemos azar. Deixámos o barco do amor naufragar. Saltámos
borda fora num túnel chamado noite. Só um mergulho na solidão nos poderá
resgatar. Enquanto não abrandar o fôlego nem voltar a raiar o dia, a única luz
ao fundo do tempo será a recordação brilhante do nosso olhar.
por Cláudia Sofia Sousa
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