Os dias passam,
repetidamente, num folhear rápido de calendário. Esgota-se o tempo em noites
insones e há amanhãs sonhados que teimam em não chegar. Com infinita paciência,
persistem as preces repetidas aos deuses surdos-mudos. Saúde aos doentes,
abundância aos carentes, curas de amor aos que não encontram remédio para as
tristezas mais profundas. Os prazeres efémeros, pagos com sacrifícios
extenuantes, valem o que valem. E, repetidamente, é o cansaço que toma conta de
nós, numa espiral de suor e lágrimas tão inutilmente repetida.
por Cláudia Sofia Sousa
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