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New York, I Love You – Day 2

Tento fingir que o jet-lag não passa de uma expressão chique inventada por quem viaja muito, mas a verdade é que são cinco da manhã em Nova Iorque e não consigo mais pregar olho. Em Portugal, o relógio marca mais cinco horas e o Sol já vai alto. Tenho tempo para pensar em quem deixei para trás. Os mesmos que estarão à minha espera quando regressar a casa. Desisto. Se não consigo dormir, o melhor é aproveitar o dia que desperta do lado de fora da janela.
Às sete da manhã, quando saio do hotel, estão 6º C negativos e penso nunca ter sentido tanto frio na minha vida. O frio glaciar soprado pelo vento gela-me o rosto, mas não é suficiente para arrefecer o meu entusiasmo. Preciso urgentemente de um bom pequeno-almoço para retemperar energias. O bar da esquina oferece um extenso buffet e apresenta-se como um refúgio para escapar por uns minutos ao frio que me persegue.
Hoje é dia de shopping. Um dos grandes atractivos de Nova Iorque nesta época do ano. Estão a decorrer os chamados “after Christmas sales”, onde se encontram verdadeiras pechinchas, sobretudo no vestuário e na electrónica de consumo.
Desço a 7ª avenida e parto à descoberta do Macy’s, que é uma espécie de Harrods de Nova Iorque, mas ainda maior. O edifício ocupa um quarteirão inteiro e não há forma de não nos perdermos lá dentro. Chego a ficar cansada só de pensar onde procurar aquilo de que preciso. Experimento umas peças de roupa, torço o nariz a outras tantas que já não passam de trapos, depois de tanto serem mexidas e remexidas por umas belas centenas de pares de mãos. Mas os descontos de na casa dos 40%, mesmo em grandes marcas, a somar ao excelente câmbio do dólar, compensam qualquer desconforto causado por tanta balbúrdia.
Uma hora depois de ter entrado, sinto-me exausta e preciso sair para respirar. Atravesso a rua e vou explorar a loja GAP mesmo em frente. A GAP é quase um ponto de paragem obrigatória, sobretudo se tivermos em mente a compra de roupa divertida e acessível para os mais pequenos. Adorava poder levar comigo tudo o que encontro, mas infelizmente o tamanho da mala, as restrições alfandegárias e o meu budget limitado não o permitem. Limito-me a fazer uma selecção do que é mais essencial e saio com um saco cheio de mimos para a minha pequena.
Paro para almoçar num sítio que me parece decente, tanto no aspecto quanto no preço. O Martinique é um café-restaurante com um toque decorativo estilo francês que recomendo vivamente. O resto do meu dia resume-se a shopping, shopping e mais shopping, enquanto vou descobrindo as ruas da cidade, passeando sempre a pé.

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