"Diario de una ninfómana", Christian Molina, 2008 |
Não se deixe impressionar pelo título:
o que vou escrever a seguir não é susceptível de bolinha vermelha no canto
superior do ecrã. Este é apenas o nome de um livro - que nunca li mas já tinha
ouvido falar - que o realizador espanhol Christian Molina transformou em filme
em 2008. Há dias, num “zapping” pelo videoclube, por curiosidade, arrisquei ver
esta película. Ao contrário do que à partida imaginei, “Diário de uma
ninfomaníaca” é um filme que pouco tem de pornográfico. É antes uma
desconcertante exposição sobre a confusão dos sentimentos humanos e a sua
relação com os comportamentos sexuais. Perturbadores e comoventes, muitas
mulheres podem identificar-se com os pensamentos confessados por Valérie (a
protagonista) no seu diário. Esta obra revelou-se, para mim, um importante
retrato do pensamento feminino reprimido pelas duras regras do socialmente
aceite. E se me é permitida uma opinião, em pleno século XXI não faz qualquer
sentido continuar a educar as mulheres para não gostarem de sexo, quando isso é
um direito nato ao prazer. E o próprio corpo é, e será sempre, a mais pura,
natural e próxima fonte de o buscar. Se ficou curioso, veja o filme, que é
breve e vale bem a pena.
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