Coração
selvagem, porque não te aquietas? Porque insistes em bater dentro do peito como
um punho cerrado que suplica por ajuda urgente? A fúria de cada
pancada é uma dor líquida que se desfaz em sangue, que o corpo dilui e absorve
como um veneno. Coração vadio, corre desalmado, por caminhos sem volta, por
becos sem saída. Onde pensas que vais? Vai, perde-te, descontrola-te e volta
para mim, como eras dantes: pequenino músculo, dilatado nas surpresas infantis
da inocência.
por Cláudia Sofia Sousa
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