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Terreno fértil

Não sou tão forte como imaginas.
Aliás, eu não sou nada do que imaginas.
Sou apenas eu:
Uma mulher simples que busca a cada instante o conforto dos afetos e o êxtase das realizações. Tão simplesmente isso. Nada de extraordinário, pois não?
Que mais te poderei dizer sobre mim?
Que choro muitas vezes, sempre às escondidas e em silêncio, só para não explodir e incomodar alguém? Que o riso me nasce com a mesma força, de origem espontânea, e esse não consigo conter? É que a alegria, quando me vem, transborda-me. E não tenho outra hipótese senão espalhá-la, partilhá-la, multiplicá-la em meu redor. Parece-me justo: ser egoísta na tristeza, guardá-la só para mim, e caridosa na alegria, repartindo-a com o mundo.
Não sou um ser imaginário e intocável. Sou apenas semente. Se eu quiser e deixar, podes tocar-me, plantar-me, regar-me. Se tiveres esse dom de lavrador, estou certa, no nosso cantinho de terra, amanhã ou depois, hão-de nascer maravilhas.

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