Procuro o silêncio para pensar-te
Ou busco uma melodia triste
E choro-te baixinho
Um choro escondido de ferida exposta
Um choro abafado de almofada
A dor que me rasga o peito
É o grito que não sei dar
É a música demasiado alta
Que ecoa pela caverna funda
Onde o coração encolhido se esconde
A pele é a pauta por onde dançam as notas
Como se fossem de novo teus dedos
Arrepio-me!
E o som ganha força de pranto
Penso-te e choro-te baixinho
Batendo à porta da noite
Só ela pode acolher-me
E apagar-me a memória breve
Do que não consigo esquecer
Comentários
Enviar um comentário
Se gostou deste artigo, ou tem uma palavra a acrescentar, agradeço imenso que deixe o seu comentário.