Auditório Municipal de Olhão, 26 Outubro 2013 |
Assisti ontem a
esta sátira à vida conjugal protagonizada por Maria João Abreu e Almeno
Gonçalves, totalmente desaconselhada a quem está prestes a dar o nó (sob pena
de poder arrepender-se). Nesta comédia romântica (mas pouco), o casal decide
oficializar a relação ao fim de sete anos de vida em comum, após o anúncio de
uma gravidez que não passou de uma brincadeira. E assim começa o rol de
peripécias que dão origem às cenas mais caricatas da vida de um casal. Das
discussões ao volante, passando pelos enxovalhos à sogra, até às mentiras que
se inventam ao telefone, tudo se enquadra na rotina de um casamento. Longe da
visão romântica do “felizes para sempre”, o casal mostra como se pode
sobreviver com sabedoria às armadilhas conjugais, conseguindo fazer valer a
base do sentimento que os une. Num texto, em minha opinião, algo pobre, sobressai
a experiência dos actores em palco, sobejamente capazes de o encher com o
brilho do seu desempenho, num registo permanentemente espontâneo e descontraído.
Em jeito de conclusão, esta peça revela que todo o casamento não é mais do que um
esforço continuado da congregação de vontades, tantas vezes opostas.
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