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Dom Casmurro

"Dom Casmurro", Machado de Assis, edição Dom Quixote
Há mais de dez anos que adiava a leitura deste livro. Sabia-o importante, mas a edição que tinha em casa era de letra miudinha, pouco convidativa aos olhos. No início do ano, esbarrei com esta capa da Dom Quixote numa prateleira da FNAC e Dom Casmurro escolheu-me: leitora, tens de me levar contigo! "Um dos 1000 livros que todos devemos ler", destacava um autocolante vermelho, a título de recomendação do "Guardian". 
Ao chegar ao fim das 309 páginas deste clássico da literatura brasileira, escrito por Machado de Assis no final do século XIX, editado em 1900, sinto-me mais culta e rica em palavras. Sem utilizar vocábulos caros, a linguagem de Machado de Assis é acessível e cativante do princípio ao fim. O romance está organizado em 148 minúsculos capítulos de 1/2 páginas, o que proporciona uma leitura fluída e contínua muito agradável. A história de amor de Bentinho e Capitú vai sendo narrada por etapas muito bem delimitadas no espaço e no tempo, fazendo-nos viajar ao lado dos personagens com atenção e deleite. Mais do que o enredo, quanto a mim básico, envolveu-me o modo de jogar com as palavras de Machado de Assis. Para todos aqueles que temem a leitura dos clássicos, por serem maçadores, recomendo que comecem por este: não será por acaso que Dom Casmurro é considerado uma obra-prima da literatura brasileira. Missão cumprida da minha parte. Já posso viajar para terras de Vera Cruz levando na bagagem cultural o conteúdo de Dom Casmurro, para discutir com algum intelectual de sotaque adocicado.   

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