Na letargia das horas pandémicas, há os que tudo fazem e os que nada podem fazer.
Na balança desequilibrada da vida, de um lado, os impotentes, desempregados, famintos. Do outro, o cansaço incurável das batas brancas no limite da rotura.
Aliviados apenas os sãos, os passivos remunerados, a quem sobra a culpa do privilégio sobre todos os outros.
Em tempos de carência, sempre haverá sacrificados, nos desacertos incongruentes das forças que tudo fazem girar.
Imperativo é dignificar os mortos e não medir esforços para poupar os vivos, na certeza de que tudo, tudo passa, e o mundo gira, equilibrando a distribuição dos esforços.
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