Enquanto os homens ficam para defender a pátria, as mulheres partem para proteger os filhos. Num cenário de guerra, acentua-se a solidão maternal das mulheres, predestinadas à missão maior de garantir a continuidade da descendência. Os homens arriscam a vida, as mulheres carregam a sua e outras tantas ao colo, até à incerteza de um destino seguro. Sempre que um homem fica para trás, por imposição ou vontade própria, uma mulher é obrigada a munir-se de coragem para seguir em frente. Um filho acaba por ser a força motriz para continuar a caminhar. Nos escombros dos sonhos, arruinados pela vida que não aconteceu conforme o esperado, os filhos são o oxigénio das mães asfixiadas pelo desespero.
por Cláudia Sofia Sousa
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