E morrem pessoas e pessoas. Números e
números. E por vezes um escritor, um médico, um artista. Hoje foi o Sepúlveda.
Alguém com nome que será lembrado pelo trabalho exemplar. O resto são multidões
anónimas, montanhas de números, nesta chuva de notícias que nos inunda os dias,
numa primavera sem flores. Estamos todos reféns da raiva de um vírus, serial
killer imprevisível e indomável, que nos retém em cativeiro, a contar caixões à
distância, sem direito a despedidas, na espera infinita dos dias que ainda
faltam para o recomeço do futuro.
por Cláudia Sofia Sousa
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